trusted computing: vivendo na matrix

bom, a maioria das pessoas nunca ouviu falar disso, mas isso provavelmente vai influir na vida de todo mundo. a questão é simples: a única maneira de acabar com a pirataria é fazendo com que o usuário não pirateie, como isso é impossível, as empresas acharam outro jeito: fazer com que os computadores não aceitem pirataria.


ok, já se faz isso há muito tempo… a nível de software, não a nível de hardware. como a nível de software é muito mais fácil burlar um software anti-pirataria fica fácil conseguir ‘crack’ pra tudo quanto é programa. a idéia do trusted computing é então fazer com que a ‘segurança’ seja garantida a nível de hardware… ou seja: o computador só vai excutar aquele programa que for permitido pelos fabricantes. e como alterar o hardware é muuuito mais complicado, o usuário vai perder o controle da sua máquina.

o fato de ter os fabricantes mandando no que pode ser executado ou não na sua máquina é assustador, pois abre diversas possibilidades ‘maléficas’. primeiro que eles podem ter o controle e o conhecimento de tudo que vc tem na sua máquina, incluindo textos, programas e etc (o rwindows já faz isso, dizem, o controle de anti-pirataria dele envia para a microsoft a lista de todos os softwares que vc tem instalado).

hoje em dia é possível por exemplo burlar o controle de pirataria do rwindows, mas com o trusted computing não vai ter. aliás, com o trusting computing também não será possível usar outros mensegers que não o MSN, nem addons não-microsoft para eles. também não será possível fazer programas para abrir DOC, XLS e etc sem ser no office, nem fazer programas para gerar PDF, vc também não vai poder ouvir música não-oficial no seu pc… nem rodar o emule para pegar mais músicas. aliás, isso terá impacto sobre os programadores também: já que vc provavelmente terá q pagar alguma taxa para que seus programas sejam habilitados a rodar em outros computadores… ah… e nem pensar em usar compiladores livres ;).

enfim: as empresas poderam assegurar o controle que elas sempre quiseram ter sobre nossas vidas.

eu não sou totalmente contra isso. ninguém reclama por que não pode instalar os programas que quer na sua máquina fotográfica ou no seu celular… ninguém reclama (muito) do monopólio que a qualcom  exerce sobre o desenvolvimento na plataforma BREW… se as empresas que estão bancando isto conseguirem realizar, concerteza o mercado vai se adequar e o gado, oops, usuário comum vai se mexer pra comprar os programas… em duas semanas ninguém mais vai comentar.

infelizmente hoje é quase impossível viver sem softwares piratas ou arquivos em formatos fechados e depois disso vai ser impossível. imagine a microsoft definindo os protocolos de rede, os padrões para javascript, html e etc?

bom, a seguir tem um vídeo legal que explica melhor o que e trusted computing:

2 Respostas to “trusted computing: vivendo na matrix”


  1. 1 lean março 16, 2009 às 9:55 am

    Esse negócio vai pegar, e muito rapidamente.
    As operadoras de banda larga no mundo todo estão apoiando a iniciativa, pois para eles o P2P, sustentáculo da pirataria, é um problema muito grave.
    A infraestrutura de banda larga está saturada no mundo todo, e eles não querem, ou não podem, investir mais.
    O que vai acontecer é que a TC vai ser obrigatória para contratar um provedor de internet, daí o resto é facil.

    O apoio popular virá, pois tem aquelas campanhas mentirosas sobre pirataria alimentando o crime organizado, o terrorismo, os comunistas, etc.

    Só idiota pra acreditar que usando o emule, ou kazaa, ou qualquer outra merda P2P você está ajudando a jogar avião em predinho estadunidense.

    Mas enfim, para manipular o “gado” não precisa de chicote, é só ir conduzindo a boiada.

    Como diria capitão nascimento: “isso vai dar merda !”


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"Standard Portuguese is mostly a jewel for powerless middle-class careers (journalists, teachers, writers, actors, etc.)" - Wikipedia

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